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A ferrovia apresenta agora um traçado otimizado que gera mais eficiência na operação e no transporte de carga.

Além de construir ferrovias, a VALEC é uma empresa especializada em planejar desenvolver estudos e projetos de novas linhas e construí-las. Um dos principais projetos é o da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO), dada sua vocação de transporte de carga agrícola, cujos primeiros estudos foram recentemente revistos.

A iniciativa surgiu na Superintendência de Projetos (SUPRO). Chefiados pelo engenheiro Armen Armaganijan, os técnicos da VALEC promoveram novas análises, que resultaram em um desenho de traçado melhor, mais econômico e potencialmente mais rápido.

Projetada para escoar a produção de grãos (soja e milho) do estado de Mato Grosso para os portos do país, a FICO é um projeto da VALEC desde 2010, quando foi finalizado o Projeto Básico do primeiro segmento de Campinorte/GO a Água Boa/MT. Dois anos depois, foi concluído outro trecho adjacente, de Água Boa/MT a Lucas do Rio Verde/MT.

A revisão do projeto manteve o traçado do segundo trecho (518 km), mas alterou substancialmente o do primeiro (383 km). A mudança mais visível é que em vez de ligar-se à Ferrovia Norte-Sul em Campinorte/GO, a linha passa a ter como destino o município de Mara Rosa/GO.

A alteração apresenta muitos ganhos, em especial, nos últimos 30 km anteriores ao entroncamento com a FNS. Pelo projeto antigo, atravessar esse trecho exigia aumento de tração por meio da adição de locomotiva auxiliar para cada composição devido à uma subida abrupta em que a rampa passa de 0,6% para 1,45%. Com a mudança para Mara Rosa/GO, a rampa passa a ser a mesma em toda a extensão da linha férrea (0,6%), desde de Lucas do Rio Verde/MT, além de encontrar uma rampa também mais eficiente ao transporte a partir da entrada na FNS.

Outra melhoria alcançada pelos engenheiros da VALEC é a alteração dos raios de curva do traçado optando por raios maiores, ou seja, curvas mais suaves durante toda a extensão da ferrovia, fato que otimiza e homogeniza as condições de tráfego, além de melhorar a operação do tramo ferroviário.

Dessa forma, os dois trechos da FICO foram compatibilizados ao se utilizarem das mesmas diretrizes e premissas. “Essa revisão de projeto traz melhoria substancial nas futuras condições de operação ferroviária dessa que será uma das obras fundamentais para a logística do agronegócio”, afirmou Marcos Aires, Gerente de Projetos da VALEC.

A atualização atende à recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU) que exige Projetos Básicos funcionais e adequados ao interesse público (Súmula 261) além de estar prevista nas funções regimentais da VALEC.

O novo projeto da FICO está sendo apresentado ao Ministério da Infraestrutura com boa aceitação. A próxima etapa é a elaboração de um orçamento detalhado que já está sendo realizado pelo corpo técnico da Gerência de Custos, liderada pela engenheira Thaís Corrêa.

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